
Feito Dr.Jeckyl e Mr.Heyde, dentro de mim co-existem muitas outras. Nem sempre estou consciente de sua existência, e me vejo surpreendida com suas aparições.
As que se escondem, nasceram da vivência, não são partes do embrião. Produto dos meus sentimentos, das minhas angústias, dos meus medos. Criaturas ligadas aos meus desejos mais ocultos.
Não foi preciso experimentar uma poção para trazê-las à tona; ao contrário do célebre cirurgião, nem ao menos é meu desejo mostrá-las. Suas manifestações estão presas no meu ser. Escondidas dentro de mim fazem meu coração pulsar, no meu rosto arde este instinto irado -quase libidinoso, na minha alma fazem brotar os mais diversos sentimentos. Através delas aproveito uma liberdade que na vida real não posso mais experimentar. São delas meus pensamentos recriminados, minhas paixões recolhidas, meus anseios desavergonhados e minhas dores ocultas.
As que se escondem dentro de mim são tantas, que seria impossível reuni-las num único espaço físico. Sua existência só é possível assim - internalizada no meu eu. Há aquela de uma raiva tão grandiosa que me faria matar sem pena, sem trauma – como o monstro do romance inglês. Há uma de volúpia apaixonada e desavergonhada, sedenta de um prazer que não encontra limite no pudor cristão e que não se satisfaz com um único momento. Há uma toda frágil, possuidora de um temor descabido que não se impõe a nada, fazendo-me gaguejar e corar diante do inesperado.... são tantas que nem sei.
As que se escondem dentro de mim estão tão bem camufladas na minha essência que mesmo eu já não as reconheço. Não mais me reconheço e, por outro lado, não mais me distingo delas.
As que se escondem, nasceram da vivência, não são partes do embrião. Produto dos meus sentimentos, das minhas angústias, dos meus medos. Criaturas ligadas aos meus desejos mais ocultos.
Não foi preciso experimentar uma poção para trazê-las à tona; ao contrário do célebre cirurgião, nem ao menos é meu desejo mostrá-las. Suas manifestações estão presas no meu ser. Escondidas dentro de mim fazem meu coração pulsar, no meu rosto arde este instinto irado -quase libidinoso, na minha alma fazem brotar os mais diversos sentimentos. Através delas aproveito uma liberdade que na vida real não posso mais experimentar. São delas meus pensamentos recriminados, minhas paixões recolhidas, meus anseios desavergonhados e minhas dores ocultas.
As que se escondem dentro de mim são tantas, que seria impossível reuni-las num único espaço físico. Sua existência só é possível assim - internalizada no meu eu. Há aquela de uma raiva tão grandiosa que me faria matar sem pena, sem trauma – como o monstro do romance inglês. Há uma de volúpia apaixonada e desavergonhada, sedenta de um prazer que não encontra limite no pudor cristão e que não se satisfaz com um único momento. Há uma toda frágil, possuidora de um temor descabido que não se impõe a nada, fazendo-me gaguejar e corar diante do inesperado.... são tantas que nem sei.
As que se escondem dentro de mim estão tão bem camufladas na minha essência que mesmo eu já não as reconheço. Não mais me reconheço e, por outro lado, não mais me distingo delas.
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